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Inês Matos (discussão | contribs)
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==Bibliografia==
 
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*Nova Enciclopédia Larousse, 2001. Círculo de Leitores, SA e Larousse/VUEF. VOL. 2, Printer Portuguesa, Ind. Gráfica, Lda: Rio de Mouro.
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*Nova Enciclopédia Larousse, 2001. Círculo de Leitores, SA e Larousse/VUEF. Vol. 2, Printer Portuguesa, Ind. Gráfica, Lda: Rio de Mouro.
*Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. VOL 3, Editorial Enciclopédia Limitada: Rio de Janeiro e Lisboa.
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*Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.Editorial Enciclopédia Limitada: Rio de Janeiro e Lisboa.
 
*Antropological perpectives on science and medicine (incompleto)
 
*Antropological perpectives on science and medicine (incompleto)

Edição das 16h44min de 23 de maio de 2009

Alquimia

Experiências alquímicas e receitas. Este manuscrito data de finais do século XV.

Caracteriza-se como a química da Idade Média, que tinha como objectivos a procura da Panaceia, ou remédio que curasse todos os males, e a descoberta da Pedra Filosofal, para transmutar metais imperfeitos em metais nobres (ouro e prata). A Alquimia é, portanto, um conjunto de doutrinas e práticas dos antigos químicos que precederam a Química moderna. Não é uma ciência nem uma arte, mas sim um conjunto de teorias incoerentes e, frequentemente, sem bases científicas, contendo algum misticismo e sendo apoiadas na experiência e na observação dos fenómenos naturais.

Teoria da transmutação

A teoria fundamental da transmutação dos metais provém dos alquimistas gregos, tendo sido, posteriormente, modificada por alquimistas árabes e latinos. Os alquimistas consideravam que todas as substâncias eram compostas por uma matéria fundamental, a prima-matéria, que eles pretendiam obter para que pudessem fazer a materialização de todas as substâncias existentes na Natureza. Essa prima- matéria foi inicialmente identificada como mercúrio. Porém, este mercúrio não era o mercúrio normal, mas sim uma essência ou espírito de mercúrio que tinha origem nos quatro elementos aristotelianos – água, ar, fogo e terra. Tentava-se, então, extrair do mercúrio a influência desses quatro elementos e, posteriormente, a prima-matéria era tratada com enxofre para que lhe fossem fornecidas as qualidades desejadas. Este enxofre também não era vulgar, sendo então um princípio dele derivado que constituía a Pedra Filosofal.

Alquimia Moderna

No início do séc. XVI, Paracelsus declarou que o objectivo da Alquimia não era fabricar ouro, mas sim preparar medicamentos criando, assim, a união entre a Química e a Medicina. Os alquimistas começaram então a estudar as propriedades das substâncias e os seus efeitos no corpo humano, criando o “elixir de longa vida”.

Ao longo da História, foram muitos os investigadores que se dedicaram ao estudo da Alquimia e de como os povos antigos a encaravam. Para Sheppard, a alquimia era uma arte cósmica pela qual as partes do cosmos – mineral e animal – podiam ser libertadas da sua existência temporal e conseguir estados de perfeição, como, por exemplo, a obtenção de ouro, no caso dos metais, e a longevidade, imortalidade e redenção para os humanos. Essas realizações podiam ser conseguidas pelo uso de um elixir ou esclarecimento psicológico. Esta definição despertou a diferença entre uma alquimia exotérica, que se preocupava com a produção de ouro, e uma alquimia esotérica preocupada com a perfeição religiosa e espiritual. Por seu lado, Needham introduziu uma terminologia bastante influente. Ele introduziu os conceitos “Aurifiction”, “Aurifaction” e “Macrobiotics”, que considerava serem aplicados a todos os aspectos da Química primitiva e em todas as civilizações. “Aurifiction” era a imitação do ouro e outros materiais preciosos estando associada aos artesãos. Por seu lado, “Aurifaction” era a produção de ouro tão bom ou melhor que o natural e indistinguível deste. “Macrobiotics” era um termo que se referia à crença de que era possível preparar com a ajuda botânica, zoológica e mineralógica, drogas ou elixires que prolongavam a vida humana, rejuvenescendo o corpo. Este foi o ponto de partida da Alquimia Primitiva e para futuras pesquisas no campo da Alquimia.

Bibliografia

  • Nova Enciclopédia Larousse, 2001. Círculo de Leitores, SA e Larousse/VUEF. Vol. 2, Printer Portuguesa, Ind. Gráfica, Lda: Rio de Mouro.
  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.Editorial Enciclopédia Limitada: Rio de Janeiro e Lisboa.
  • Antropological perpectives on science and medicine (incompleto)