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ESTE ARTIGO É UM ESBOÇO

Filósofo grego (Estagira, Macedónia 384 - Calcedónia 322 a.C.)

Aristóteles, espírito universal que combinou a penetração espiritual e o realismo, a especulação e a experiência, é talvez a figura da filosofia antiga que exerceu a mais poderosa influência em toda a filosofia posterior.


Vida

Nascido no seio de uma família de médicos, foi discípulo de Platão em Atenas e, mais tarde, educador de Alexandre Magno. Cerca de 335 regressou a Atenas para fundar o Liceu, instituição rival da Academia platónica, onde comunicou os seus ensinamentos filosóficos. Depois da morte de Alexandre Magno teve de sair de Atenas , acusado de ateísmo, e refugiou-se na Calcedónia.

História Natural e Zoologia

Não se sabe quando Aristóteles começou a escrever sobre este assunto ou até que partes do seu trabalho são mesmo da sua autoria. Ao compararmos os escritos de Aristóteles com anteriores percebemos que este foi cauteloso e apenas seleccionou algumas ideias, o que torna o seu trabalho de grande qualidade mesmo quando comparado com padrões actuais. Na sua colecção principal, Historia animalium, estão 650 espécies mencionadas. O interesse da Academia no estudo dos animais era dividido em duas partes: identificar grupos de animais e classificá-los – Aristóteles estava familiarizado com isto. Os seus primeiros trabalhos em Zoologia foram De partibus animalium, De incessu animalium e Parva naturalia, onde ele define tecidos, estruturas a também algumas funções principais como a locomoção, respiração, envelhecimento e morte. As suas ideias principais dizem-nos que a direita é superior à esquerda, que a direita é o lado que lidera naturalmente e que os órgão existem aos pares (por exemplo, o baço, para o qual ele desconhecia função, era o par do fígado). A sua maturidade científica é mais tarde clarificada no seu tratado De generatione animalium, onde aplica os conceitos de formam, matéria, actualidade e potencialidade a fenómenos como a reprodução, herança, crescimento e desenvolvimento de alguns caracteres como a cor. Para caracterizar um órgão, Aristóteles afirmou que era necessário compreender toda a sua forma e estrutura e perceber o que é ser aquele animal. Quanto à reprodução, Aristóteles pensava que tal como uma casa precisa de tijolos, um animal precisa de forma e alma: a primeira causa era a alma e a causa final a actualização da sua forma. A forma adquirida por cada animal é devida à sua espécie, diferenças entre eles são irreconhecíveis aos olhos das ciências. O macho é o único que produz a semente a partir do seu sangue que potencialmente contem a alma sensível e a forma adulta mas não contem partes corporais. A fêmea contribui apenas com material sob a forma de alma nutritiva. Aristóteles seguiu o sistema: calor, frio, húmido e seco. Os animais dependiam do calor como agente principal da alma, mas também do frio para solidificar, o húmido e o seco seriam necessários para lhes fornecer fluidos e partes sólidas.

Anatomia e Fisiologia

Aristóteles dava grande importância ao sistema circulatório, e daqui baseou o seu sistema de classificação: seres com ou sem sangue. A paragem do coração era visto como um sinal de morte visto o corpo rapidamente arrefecer e ficar sem vida. Para o estudar, Aristóteles observou os pintainhos: mencionou o bater do coração como o primeiro sinal de vida e atribuiu a origem de todos os vasos sanguíneos e a produção de sangue ao coração. Mas ficou surpreendido ao perceber que o coração desta espécie apenas continha três cavidades. Não havia qualquer distinção entre artérias e veias nem qualquer descrição das válvulas do coração: limitou-se a traçar os vasos principais e a descrevê-los. Para Aristóteles, a pulsação era resultado da pressão do sangue a ferver em movimento contra as paredes dos vasos as paredes do coração eram grossas para conter o calor gerado para aquecimento do ar pulmonar e consequente expiração. Já o cérebro era considerado um órgão frio e que arrefecia o corpo em oposição ao aquecimento pelo coração.


Obra

As obras que a tradição conservou são, na sua maioria, escritos destinados ao ciclo interno do Liceu. Estes compreendem disciplinas como a lógica, a filosofia natural, a ética, a política, a psicologia, a poética e a teoria da arte em geral.

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