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Friedel, Georges (b. Mulhouse, France, 19 July 1865; d. Strasbourg, France, 11 December 1933), destacou-se em cristalografia, mineralogia, petrologia e geologia.


GeorgesFriedel

Vida

Georges Friedel foi o filho do famoso Charles Friedel (1832-1899), que ensinou mineralogia e química orgânica na Universidade de Paris e foi, simultaneamente, tutor de colecções mineralógicas da Escola das Minas. A família Friedel deixou a sua casa de Alsácia antes de despoletar a guerra Franco-Prussian. Georges passou a sua infância até aos 15 anos, em Paris, e o apartamento dos seus pais localizava-se no edifício da “École des Mines”. Esta escola foi de extrema importância na sua carreira. Ele entrou na “École Polytechnique” em 1885, tendo alcançado o primeiro lugar no exame de admissão. Após a graduação regressou para a “École des Mines” onde frequentou um curso de três anos. Mallard foi o seu professor de mineralogia, e o seu pai introduziu-o na pesquisa em síntese mineral. Casou com Hélène Berger-Levrault (1888) ainda se encontrava em graduação. Como engenheiro de minas Friedel recebeu destaque serviço civil Francês (1891) e foi posto ao serviço no distrito de Moulins. Em 1893 entrou na “École des Mines” em Saint-Étienne, onde ensinou cursos de análise de metalurgia de matérias ferrosos, física, metalurgia, geologia, e as aplicações da electricidade na mineração. A partir de 1899 formou-se em geologia e mineralogia, e após se tornar director (1907), limitou os seus estudos a mineralogia. Depois da 1ª Guerra Mundial, aceitou a presidência do Institut des Sciences Géologiques na Université de Strasbourg em França,que havia sido recentemente reaberto.


Obra

O trabalho de Friedel é notável pela sua diversidade. É essencialmente cristalográfico e mineralógico, mas também se destaca em áreas como, a petrologia, geologia, e até engenharia e pedagogia. Juntamente com o seu pai, Charles Friedel, Friedel publicou primeiramente apontamentos de um número de sínteses num tubo de aço com platina, a cerca de 500 ºC e sob elevada pressão. Entre não-minerais de obteve hexahidroxidotriclorido tricálcio de alumínio di-hidratado (1897) e aluminato de cálcio (1903), ambos conhecidos pela sua semelhança, e metasilicato de lítio. Com François Grandjean, Friedel sintetizou clorite, atacando pirogénio com soluções alcalinas (1909). O trabalho de Friedel (1896-1899) estabeleceu a natureza intersticial da água zeolítico, a qual pode ser substituída por muitos líquidos e gases na zeolítico “esponja”. Descobriu água zeolítica noutros compostos que não zeólitos. Uma lei empírica enunciada por Friedel, e comprovada por Alfred Liènard como sendo uma consequência da Lei de Bravais, é a lei de média de índices (1908): os limites das células, a, b, c, são aproximadamente proporcionais às somas dos valores absolutos dos índices das formas observadas. Os chamados cristais líquidos de Lehmann foram meticulosamente investigados por Friedel e pelos seu colaboradores François Grandjean, Louis Royer, e pelo seu filho Edmond desde 1907 até 1931. Dois novos tipos estruturais de matéria foram encontrados entre o amorfo e o cristalino. Os quatros estados estão separados por transformações descontínuas, que justificam a classificação. Friedel adquiriu interesse na descoberta de Laue, da difracção do raio X por cristais (1912). Em 1913 enumerou as onze centrosimetrias que podem ser determinadas por raio X – Lei de Friedel. Friedel foi responsável pela teoria do crescimento de cristais (1924-1927) que destaca a semelhança da corrosão do cristal por uma solução ligeiramente sob-saturada e o crescimento do cristal numa solução ligeiramente super-saturada. Como administrador da escola em Saint-Étienne, Friedel promoveu o trabalho laboratorial e introduziu novos cursos de estatística, línguas estrangeiras, económia e higiéne indústrial; em Strasbourg ele planeou o treino científico dos engenheiros geológicos e foi um dos fundadores do "Petroleum Institute"

Principais públicações

  • “Les états mésomorphes de la matière,” em Annales de physique, (1922)
  • “The Mesomorphic States of Matter,”, Colloid Chemistry, (New York, 1926)
  • Leçons de cristallographie professées à la Faculté des sciences de Strasbourg (Paris, 1926; reproduzido 1964)

Bibliografia

  • J. D. H. Donnay, “Memorial of Georges Friedel”, em American Mineralogist (1934)
  • F. Grandjean, “Georges Friedel 1865-1933,” em Bulletin de la Société française de mineralogy (1934)
  • Memorial Volume, Georges Friedel 1865-1933 (Strasbourg-Paris, 1939)
  • A. F. Rogers, “Friedel’s Law of Rational Symmetric Intercepts, With Bibiography of Irrational Three-Fold Axes of Symmetry,” em American Mineralogist (1925)
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