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Franciscus de le Boe Sylvius 1614-1672


Vida

Franciscus de la Boe Sylvius foi o segundo filho de Isaac de la Boe e Anna de la Vignette. O seu avô, mercante e descendente de uma família nobre, emigrou de Kamerijk (França) para Frankfurt-am-Main.

Casou em 1647 com Anna de Ligne, filha de um advogado.Esta era 30 anos mais nova que Sylvius. Não há certezas quanto ao número de filhos fruto desse casamento, mas pensa-se que terão sido dois e que ambos morreram jovens. Em 1657 a sua mulher morre também. Casou-se segunda vez, em 1666, com uma mulher de 22 anos. Tiveram uma filha que morreu prematuramente, em 1670. Também em 1670, a sua segunda mulher acaba por falecer.

Obra

Recebeu a sua primeira instrução medica numa academia Calvinista em Sedan.

Estudou medicina em Leiden (1633-1635). Obteve a sua graduação em 1637 defendendo a tese De animale motu ejusque laesionius.

Durante um ano e meio exerceu medicina em Hanau.

Em 1638 matriculou-se novamente e recebeu permissão para dar aulas privadas de anatomia. Leccionou no Anatomicae Institutiones de Caspar Bartholi, embora durante um curto período de tempo.

Dedicou-se depois a fazer demonstrações anatómicas e experiências fisiológicas na galeria do jardim botânico. Foi um dos primeiros defensores da nova e revolucionária Teoria de Harvey acerca da circulação sanguínea, tendo-o demonstrado em cães.

Como a sua carreira académica em Leiden não tinha prespectivas futuras, em 1641 mudou-se para Amsterdão, onde se estabeleceu.

Em 1657 tornou-se supervisor no Amsterdam College os Physicians. Em simultâneo manteve a sua investigação cientifica, dedicando-se em particular à área da Quimica.

Em 1658 conseguiu negociar o seu salário de professor de medicina para o dobro. Em Setembro desse mesmo ano fez a sua primeira oração intitulada De hominis Cognitione.

Mostrou-se um clínico experiente e devotado professor, atraíndo assim estudantes de toda a parte. Em todas as zonas da Europa os seus alunos reconheceram a dedicação e qualidade do seu ensino.Conseguiu autorização para levar os seus alunos diariamente ao hospital. Durante essas aulas no hospital este fazia autópsias.

Em 1669-1670 foi nomeado Reitor da Universidade. O primeiro volume da sua obra intitula-se Praxeos Medicae Idea Nova. Já não estava vivo quando o segundo volume foi publicado.

Os seus trabalhos centraram-se nas áreas de Anatomia de Química Médica. Responsável pela descrição da Fissura Sylvii e da Arteria Cerebri Media , assim como do Quinto Ventrículo. O Aquaeductus Sylvii foi descoberto por Galen e foi pormenorizadamente descrito por Sylvius.

Na historia da medicina Sylvius foi o mais importante representante da escola iatroquímica, fundada por Paracelsus. Como seguidor do seu trabalho podemos referir J. B. van Helmont.

Sylvius tinha a convicção de que todos os processos fisiológicos e patológicos podem ser descritos em analogia a processos e experiências observadas no laboratório de química, explicando-os por fermentação, efervescência e putrefacção. Refere a acidez e basicidade como sendo propriedades fundamentais ao funcionamento do corpo humano.

No que respeita à terapêutica Sylvius é a favor da “medicina química”, que recorre ao uso de químicos como mercúrio, antimónio, sulfato de zinco, entre outros.

Fez estudos acerca do suco pancreático, em que diz que este é ácido e efervescente no duodeno. Anos mais tarde, as suas ideias acerca do suco pancreático auxiliaram [Regnier de Graaf], que conseguiu extrai-lo a partir de um cão. Considerou o baço o órgão onde o sangue é purificado.

Nos seu últimos anos de vida Sylvius encontrou opositores públicos como Anton Deusing, professor em Groungen. A sua maneira exagerada de praticar medicina inspirou muitos alunos a seguir com pesquisas que se revelaram de suma importância na área. É por este motivo considerado um promotor da investigação científica.


Bibliografia

Gillispie, C. (1970). Dictionary of Scientific Biography. Charles Scribner's sons, New York.