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ESTE TRABALHO É AINDA UM ESBOÇO


Robert Koch – Heinrich Hermann Robert Koch (Clausthal, 11 de Dezembro de 1843 – Baden-Baden, 27 de Maio de 1910)

Robert Koch foi o fundador da bacteriologia. Muitos dos príncipios básicos desta ciência moderna foram projectados por Koch. O isolamento de agentes de antrax, tuberculose e cólera, fizeram dele o líder da Escola Alemã de Bacteorologia. Foi também Koch que directa ou indirectamente influenciou a introdução da legislação sobre Saúde Pública noutros países, através das autoridades competentes, sempre baseado no conhecimento da origem microbiológica de várias infecções, incentivando que se tomassem medidas de higiene e imunologia para controlo dessas doenças. Arquivo:Http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Robert Koch.jpg

Formação

Nascido em Claustal na Alemanha, no seio de uma família de mineiros, é em 1862 com 19 anos de idade que ingressa na Universidade Gotingen para estudar medicina, onde o professor de anatomia era Jacob Henle. Anos mais tarde, Koch reconhece ter despertado para a investigação pela influência e visão do anatomista Jocob Henle, (perspectiva de Henle: as doenças infecciosas eram causadas por organismos vivos), o fisiologista George Meissner assim como Karl Hass que tinha sido seu professor de patologia. Graduou-se com 23 anos em 1866 e foi para Berlim onde foi influenciado por Verchow. Em 1867 foi assistente do Hospital Clínico de Hamburgo, e mais tarde estableceu-se em Lagen, Hannover, onde prosperou e se casou com Emmy Fraatz. Mais tarde mudou-se para Potsdam Onde nasceu a sua única filha Gertrud (1868) e em 1869 muda-se para Rackwitz. Em 1870 voluntariou-se para servir na guerra Franco-Prussiana e de 1872 a 1880, foi médico em Wallstein (Polónia) e foi aqui que com recursos muito limitados conduziu as suas pesquisas.

Investigação sobre o Antrax

Na região de Wollstein, o carbúnculo (antrax) era prevalente entre os animais da região e Koch inicia estudos sobre esta doença. Para tal transformou uma das divisões da sua própria casa em laboratório e, para além do microscópio (um Hartnach) que sua esposa lhe dera, providenciou todos os outros equipamentos: uma incubadora, recipientes para ratos, projector microfotográfico e um armário convertido em quarto escuro. O bacilo de Antrax já descoberto por Pollender, Peyer e Davanie foi demonstrado cientificamente por Koch que este bacilo era de fecto o causador da doença. Inoculou camundongos através de estilhaços de madeira feitos em casa com Bacillius Anthracis isolados do baço de animais que morreram de antrax e verificou que estes ratos morriam pelo bacilo enquanto que os inoculados ao mesmo tempo com sangue de animais saudáveis não adoeceram. Isto confrontou o trabalho de outros que mostravam que a doença pode ser transmitida pelo sangue de animais infectados pelo bacilo. Koch foi mais longe. Queria saber se o bacilo de antrax que nunca tinha entrado em contacto com nenhum tipo de animal podia causar a doença. Então, fez culturas puras de bacilos cultivando-os em humor aquoso do olho de boi. Estudando, desenhando e fotografando estas culturas registou a multiplicação dos bacilos e anotou que quando as condições lhe são desfavoráveis eles produzem dentro de si mesmos esporos arredondados, os quais podem resistir ás condições adversas, especialmente falta de oxigénio e, quando as condições adequadas á vida são restauradas, os esporos dão novamente origem aos bacilos. Koch cultivou durante muitos anos bacilos nestas culturas e mostrou que apesar delas não terem contacto com nenhum tipo de animal, podem mesmo assim causar antrax. Na primavera de 1876, os resultados destes trabalhos foram demosntrados a Ferdinand Cohn, famoso professor de botânica de Breslau que promoveu um encontro com os seus colegas para testemunharem esta demosntração entre os quais estava o professor Cohnheim e seus assistentes. Impressionados pelo trabalho de Koch. Conh publicou no seu jornal do qual era editor a etiologia do antrax. Kock tornou-se famoso. Em 1880, recomendado por Cohnheim foi indicado para dirigir o departamento Imperial da Saúde em Berlim. Primeiro com uma sala pequena e depois num laboratório melhor trabalhou com os seus assistentes Loeffer e Gaffki no aprefeiçoamentos dos seus métodos bacteriológicos. Inventou novos métodos para cultivar culturas de bacilos em meios sólidos, desenvolveu novos métodos de coloração de bactérias, ajudando a identificá-las e o resultado deste trabalho foi a introdução de métodos pelos quais a bactéria patogénica pode ser facilmente obtida em culturas puras, livre de outros organismos e através dos quais podem ser facilmente detectadas e identificadas. Kock decretou as condições conhecidas como postulados de Koch os quais devem ser satisfeitos antes que seja aceite que uma bactéria especifica cause uma doença em particular.

Postulados de Koch (1882)

1. A presença do agente deve ser sempre comprovada em todos os indivíduos que sofra da doença em questão e, a partir daí, isolada em cultura pura.

2. O agente não poderá ser encontrado em casos de outras doenças.

3. Uma vez isolado, o agente deve ser capaz de reproduzir a doença em questão, após a sua inoculação em animais experimentais.

4. O mesmo agente deve poder ser recuperado desses animais experimentalmente infectados e de novo isolado em cultura pura.

O Bacilo de Koch

O bacilo de Koch, vulgarmente conhecido como tuberculose, foi descoberto por Robert Koch em 1882 em Berlim, bem como o método para o multiplicar em cultura. Durante meses trabalhou arduamente sozinho e perante algumas controvérsias anuncia publicamente a sua descoberta em 24/03/1882, considerada por Paul Elrich como o maior evento científico de Koch. As descobertas de Koch assim como as suas técnicas foram cuidadosamente seguidas por Theobald Smith e E. L. Trudeau. Cerca de 1883 Koch já tinha induzido a doença em mais de 500 animais de 10 especies das quais mais de 200 sucumbiram nas culturas puras onde bacilo foi administrado de várias maneiras, obtendo novos dados das propridades da doença e da forma como esta se transmite. Sob polémicas e controvérsias sobre a descoberta da tuberculose, Koch foi obrigado a interromper os seus estudos derivado ao aparecimento de cólera na região do Nilo. E, assim, em 1883, foi enviado para o Egipto como líder da Comissão Alemã da Cólera para investigar o aparecimento da cólera e lá, descobriu o vibrião causador da mesma. Levou culturas puras do vibrião para a Alemanha. Esteve também em Cálcutá, na Índia, onde estudou a cólera, isolou o bacilo e juntamente com Graffy e Fischer formula regras para o controle das epidemias tendo elaborado a base para métodos de controle, os quais ainda são usados actualmente. Este seu trabalho foi recompensado pelo Governo Alemão um prémio de 100000 marcos alemães e a Sociedade Médica de Berlim organizou um banquete em sua honra. Em 1885 foi nomeado professor de Higiene da Universidade de Berlim e do recém-formado Instituto de Higiene da mesma Universidade. Em 1890 foi nomeado General Brigadeiro de pr4imeira classe e cidadão honorário da cidade de Berlim. Em 1891 tornou-se professor honorário da Faculdade de Medicina de Berlim e do novo Instituto para Doenças Infecciosas que mais tarde viria a ter o seu nome (Instituto Robert Koch). Aqui contactou com colegas como Ehrlich, Behring e Kitassato que também fizeram grandes descobertas. Durante este período Koch retomou o seu trabalho sobre a tuberculose e tentou fazer um químico que ele chamou de tuberculina feito a partir de culturas do bacilo. Fez duas preparações, uma chamou de Nova e outra de Velha tuberculina. A comunicação sobre a velha tuberculina provocou muita controvérsia, pois o poder de cura que Koch alegava na preparação estava exagerado. A sua reputação decaía. A nova tuberculina também não foi bem sucedida, pois o valor de cura também não era eficiente, contudo, todas estas experiencias conduziram à descoberta de substâncias de valor diagnóstico da tuberculose. Enquanto o trabalho sobvre o a tuberculose avançava, os colegas Behring, Ehrlich e Kitassato, publicavam os seus trabalhos na imunologia da difteria. Em 1896, Koch foi para África estudar a oriugem da peste bovina e, apesar de não conseguir identificar a causa da doença, conseguiu limitar o aparecimento dela injectando bílis em animais das fazendas retirada da vesícula biliar de animais infectados. Realizou trabalhos na India e na África Equatorial sobre a malária, surra de gado e cavalos e peste, tendo publicado as suas observações em 1898. De volta a Alemanha propõem nova expedição para visitar a Itália e os trópicos onde confirmou trabalho de Sir Ronald Ross sobre a malária, tendo efectuado a etiologia das diferentes formas da malária e seu tratamento com controlos de quinino. Koch fez também investigações sobre a doença do sono (indicando a mosca tsé-tsé como transmissora). Em 1900 regressa á Alemanha, tendo passado apenas 4 meses em Berlim nos últimos 4 anos. Em 1901 preside ao primeiro congresso inglês sobre a tuberculose intitulado “The Fight Against Tuberculosis”. Koch tinha chegado à conclusão de que o bacilo que causa a tuberculose hgumana e bovina não são idênticos. Foi muita a controvérsia e oposição mas, sabe-se hoje, que o ponto de vista de Koch está correcto. Apesar da maior preocupação de Koch ser a batalha contra a tuberculose, ainda fez durante mais 3 anos expedições e investigações sobre tantas outras doenças em diversos países.

Prémios

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