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Nascido no Rio de Janeiro em 1851, dedicou a sua vida ao ensino e à prática de medicina.
 
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Estudou na [[Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa]], onde a partir de 1880 leccionou primeiramente Fisiologia e Histologia e mais tarde Fisiologia Geral e Histologia.
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Estudou na [[Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa]], onde a partir de 1880 leccionou primeiramente [[Fisiologia]] e [[Histologia]] e mais tarde Fisiologia Geral e Histologia.
   
Exerceu medicina no [[Hospital de S. José]] e posteriormente foi director do [[Hospital de Rilhafoles]]. Aplicou-se maioritariamente nas doenças do sistema nervoso, especializando-se na Psiquiatria.
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Exerceu medicina no [[Hospital de S. José]] e posteriormente foi director do [[Hospital de Rilhafoles]]. Aplicou-se maioritariamente nas doenças do sistema nervoso, especializando-se na [[Psiquiatria]].
   
 
Pertenceu ao Conselho Superior de Higiene, ao Conselho de Medicina Legal e foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais. Foi também secretário-geral da Liga Nacional contra a Tuberculose e fundou o jornal Medicina Contemporânea juntamente com [[Manuel Bento]] e [[Sousa Martins]], onde comentava os principais acontecimentos médicos, políticos e científicos.
 
Pertenceu ao Conselho Superior de Higiene, ao Conselho de Medicina Legal e foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais. Foi também secretário-geral da Liga Nacional contra a Tuberculose e fundou o jornal Medicina Contemporânea juntamente com [[Manuel Bento]] e [[Sousa Martins]], onde comentava os principais acontecimentos médicos, políticos e científicos.

Edição atual tal como às 14h19min de 31 de maio de 2009

Bombarda, Miguel Augusto (n. Rio de Janeiro, Brasil, 1851; ob. Lisboa, Portugal, 1910)

Professor e médico português contribuiu activamente para a reforma dos estudos médicos e dedicou-se a variados projectos da revolução republicana.


Vida

Nascido no Rio de Janeiro em 1851, dedicou a sua vida ao ensino e à prática de medicina.

Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde a partir de 1880 leccionou primeiramente Fisiologia e Histologia e mais tarde Fisiologia Geral e Histologia.

Exerceu medicina no Hospital de S. José e posteriormente foi director do Hospital de Rilhafoles. Aplicou-se maioritariamente nas doenças do sistema nervoso, especializando-se na Psiquiatria.

Pertenceu ao Conselho Superior de Higiene, ao Conselho de Medicina Legal e foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais. Foi também secretário-geral da Liga Nacional contra a Tuberculose e fundou o jornal Medicina Contemporânea juntamente com Manuel Bento e Sousa Martins, onde comentava os principais acontecimentos médicos, políticos e científicos.

Em 1908 entrou na política activa – como deputado do presidente do conselho, Ferreira do Amaral – afirmando-se anticlerical, liberal e mais tarde republicano. Contribuiu activamente com trabalhos preparatórios para a revolução anti-monárquica, pertencendo à Junta Revolucionária para a proclamação da República.

Foi morto a tiros de revólver por um oficial do exército atacado de loucura, provocando este acontecimento a aceleração da revolução republicana em Lisboa (1910).


Obra

Relativamente às suas publicações, é importante referir os programas desenvolvidos no decorrer da sua cadeira, Traços de Fisiologia Geral e de Anatomia dos tecidos, 1891 e teses de curso, entre elas Dos hemisférios cerebrais e suas funções psíquicas, 1877; Distrofias por lesão nervosa, 1880; Contribuição ao estudo dos microcéfalos, 1894; A vacina da raiva, 1887; Pasteur, 1895; lições relacionadas com Epilepsia e as pseudo-epilepsias, 1896; O delírio do ciúme, 1896; Consciência e livre arbítrio, 1896; A Pelagre em Portugal, 1897. Também redigiu importantes relatórios médico-legais e artigos dispersos em jornais médicos nacionais e estrangeiros.


Bibliografia

  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Editorial Presença, lda. Lisboa, Rio de Janeiro. Vol. IV, pág. 871-872
  • Lello Universal. Lello & Irmão Editores, Porto. Vol. I, pág. 359