Ars curandi Wiki
m (Protegeu "Parreira-brava" ([edit=autoconfirmed] (infinito) [move=autoconfirmed] (infinito)))
 

Edição atual tal como às 11h59min de 27 de maio de 2009

Parreira Brava

Planta também conhecida como abútua ou bútua, com propriedades diuréticas. Descoberta no séc. XVII no Brasil por missionários Portugueses.

Parreira brava 2

folha de Parreira Brava


Descoberta

A parreira - brava foi descoberta pelos missionários portugueses no Brasil, no séc. XVII, que a trouxeram para Lisboa e a deram a conhecer ao mundo. Michel Amelot, embaixador de Luís XIV, levou a planta para Paris em 1688 e a partir daí esta começou a ser utilizada para o tratamento de pedras nos rins por médicos como Thevard. Jean-Adrien Helvetius, também apologista da parreira-brava, escreveu três secções sobre a utilização da raiz desta planta como diurético e para tratamento de patologias dos rins e da bexiga no seu livro Traité dês maladies les plus frequentes (Paris, 1703). Louis-Raulin Ruillé, embaixador sucessor de Amelot, apresentou a parreira-brava a Helvetius, descrevendo o seu uso em Portugal e a forma como inventou um bálsamo para facilitar a sua administração (Baume Diuretique de Parera Brava), reivindicando ter sido um dos primeiros a introduzi-la em França em 1715. Joseph Pitton de Tournefort, botânico, esteve em Portugal durante um curto período de tempo, de Março a Agosto de 1689, herborizando tanto parreira-brava como ipecacuanha e teve também uma grande importância na aceitação destas plantas em França. Nesta altura, a parreira brava era mais vulgar que a epicacuanha e podia ser encontrada em quase todas as boticas Portuguesas. O ponto alto do interesse pela parreira-brava foi em 1710, quando esta constituiu o objecto de um relatório por Etienne-François Geoffroy, professor de Medicina e Farmácia no Collège de France, a pedido da Académie dês Sciences. Geoffrey relatou várias experiencias positivas em casos de inflamação da bexiga e de anurese.


Descrição e efeitos terapeuticos

A parreira brava, também conhecida como abútua, bútua, uva-do-rio-apa ou videira silvestre, é uma planta da família das menispermáceas. É uma trepadeira, que dá muitos cachos semelhantes aos da videira, com bagas pretas de gosto adocicado não comestíveis. Para efeitos medicinais utilizam-se a raiz e lascas do tronco em infusão (20g/L de água). È uma planta principalmente diurética mas também é utilizada contra cálculos renais, cólicas uterinas, má digestão e reumatismo.

Parreira brava

Parreira Brava


Bibliografia

  • Pinto Correia, C., Sousa Dias,J., Assim na terra como no céu
  • Rodolfo Dalgado, S., Joseph M. Piel,Glossário Luso-Asiático
  • Theodoro J. H. Langgaard, Diccionario de medicina doméstica e popular...

Ligações externas