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Rufus de Éfeso foi considerado "de entre [estas] quatro pessoas, ''o acalmante das doenças''". |
Rufus de Éfeso foi considerado "de entre [estas] quatro pessoas, ''o acalmante das doenças''". |
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Edição atual tal como às 21h04min de 31 de maio de 2009
Médico grego nascido em Éfeso, Grécia Antiga, “sob o império de Trajano” (97 D.C - 117 D.C). A sua data de nascimento e morte não são precisas, contudo remontam a meados do último século A. C. e primeiro séc. D.C..
Vida
Existem escassas informações sobre a sua vida. Sabe-se que praticou a arte médica na sua cidade nativa, Éfeso. Viveu, muito tempo no Egipto, em Alexandria.
O seu nome, ‘Rufus’, poderia indicar que esteve ligado a Roma, no entanto não lhe é conhecida nenhuma ligação com Itália. Sabe-se que todos os seus textos foram escritos na sua língua oficial, grego. A sua influência manteve-se mesmo após a sua morte, sendo reconhecido séculos mais tarde em Bizâncio.
Obteve distinção entre grandes nomes da medicina da época: Hipócrates, Galeno e Quirón. Rufus de Éfeso foi considerado "de entre [estas] quatro pessoas, o acalmante das doenças".
Obra
Os seus trabalhos denotaram uma excepcional riqueza das suas observações clínicas. Um dos ramos dos seus trabalhos clínicos foi a investigação da melancolia e de outras manifestações do paciente perante a doença. Foi patente o seu cuidado na avaliação das suas observações, nomeadamente na anamnese do doente, sendo estas posteriormente detalhadas no seu livro ‘Questões de um médico (para com os Pacientes)’.
Ocupou-se pelo estudo de doenças renais e da bexiga, tornando-se um importante nome na história da nefrologia e da urologia. Mencionou a possível relação entre as doenças de origem parasitária que afectam a bexiga urinária e a possível aparecimento de lesões cancerígenas. Deixou registadas interessantes descrições sobre dissecações. Foi notável o seu estudo da anatomia do olho. Distinguiu nervos motores de nervos sensoriais e estudou, com precisão, entre outras doenças, a lepra e a peste bubónica.
Nunca esteve envolvido em polémicas e as suas críticas eram extremamente consistentes e objectivas. Mesmo no brilhante mundo intelectual do Período Helénico, Rufus manteve sempre a sua independência e respeito enquanto figura médica.
O conhecimento de Rufus excedeu, em certas áreas, a do próprio Galeno, sendo por isso extremamente respeitado na sociedade grega e romana. Manteve-se sempre cauteloso quanto às suas declarações públicas, não tendo, no entanto, caído no cepticismo comum da sua época. A amplitude do seu conhecimento e interesses foram reflectidos nos noventa e quatro textos e livros que lhe estão atribuídos. Escreveu alguns destes trabalhos em verso (hexâmeros), de acordo com a tradição didáctica dos poemas médicos da sua altura.
Para além do seu interesse em medicina, o alcance dos seus interesses abrangeu temas muito vastos, desde questões sócio-económicas a assuntos escondidos da sociedade, como a disfunção sexual. Alguns exemplos da sua obra são:
- ‘Por entre doenças do rim e da bexiga’
- ‘Pelo nome das Partes do Corpo Humano’
- 'Dependência Sexual e Espermatorreia’
- ‘Em Doenças Conjuntas’
- ‘Viver no mar, A compra de Escravos’
- ‘Unguento para uma Erecção Poderosa’
Bibliografia
- Gillispie, Charles Coulston, et al, Dictionary of Scientific Biography, Editor in Chief, vol. 11, Charles Sacribner's Sons, NY, 1981, pp 600-603.